sexta-feira, 29 de junho de 2012

Eu só quero é ser FELIZ...

...e andar tranquilamente na favela onde eu nasci (...)"


ÉÉÉÉÉÉÉÉ! Se você, ali por meados da década de 90, já tinha (no mínimo) seus 6 ou 7 anos, eu tenho inúmeras razões para acreditar que você já ouviu a música citada acima MAIS DE UMA VEZ.


Nesta música, Cidinho e Doca (cantores e compositores da música) expressam um grande desejo: SER FELIZ!


O que se torna mais interessante é que, mesmo com o restante da música descrevendo a realidade vivida nas periferias, assim como protesta contra a violência nas favelas e reivindica o descaso do Estado na hora de cuidar desse assunto, o trecho "eu só quero é ser feliz (...)" acabou se tornando uma frase de uso comum em diferentes contextos, por diferentes pessoas, para diferentes finalidades.




Esta condição toda, denota um anseio comum entre as pessoas: SER FELIZ.


Mas por que ser feliz
O que nos torna felizes?
Existem pessoas que, de fato, são felizes
Ou seria a felicidade apenas uma utopia?


Para responder a questões como estas, convido aqui, o psicólogo Daniel Gilbert





quarta-feira, 27 de junho de 2012

#RádioEvolucionista

E na #RádioEvolucionista de hoje, mais do que uma indicação musical, um show de reflexões sobre o impacto que exerce a espécie humana para o mundo (e para ela mesmo)!

Trata-se do clipe da música "Do the evolution", do PEARL JAM!!! 

Em minha opinião, ESTE É um dos clipes mais legais que conheço sobre evolucionismo, pois une boa música com ótimas sacadas envolvendo toda a história de nossa espécie!

Vídeo para se assistir mais de uma vez...


Também recomendo que conheça a letra da música. Para isso clique aqui!

Ser bom me faz bem... E PONTO!


É comum, para nós psicólogos, ouvir perguntas como: “o quê a Psicologia estuda?”

Cada um deve ter uma resposta na ponta da língua para esse tipo de pergunta ou, se não tem, fica todo embaraçado para responder. Muitas vezes, não porque não saiba responder, mas porque estudar Psicologia engloba uma gama de complexidades que dificultam na hora de sintetizar uma resposta rápida e satisfatória. 

Psicologia? Ah sim, claro! Bem... vejamos... ãhn... é... enfim!

Bom, em meu caso, eu costumo responder que “a Psicologia estuda o modo como os seres humanos moldam e são moldados por circunstâncias que nem sempre estão tão visíveis assim”.

Com efeito, é possível ainda que, logo em seguida, possa vir uma réplica: “mas se não estão visíveis, e eu sendo um ser humano, como posso ser um psicólogo?”

Minha resposta é rápida: EMPATIA!!!!!

Tudo começa pela empatia. Sair da sua posição e colocar-se na posição da outra pessoa. Enxergar o mundo como ela enxerga, permitir aflorar os sentimentos tal qual ela provavelmente sente, frente a situação específica. Exercitar essa capacidade tão refinada que é a empatia.

...e num é que é verdade mesmo!?!?!

Mas, aprofundando-se um pouquinho mais no tema, uma questão faz-se necessária: 

...E É ESSA TAL DE EMPATIA, HEIN!?

...SÓ HUMANOS A POSSUEM?

...PRA QUE ELA SERVE?

Éééééé... que perguntas mais enxeridas são essas, hein? Aaaahhhh... mas não pode-se abaixar a cabeça, não! Aqui a regra é a mesma do BOPE, diz aí Capitão Nascimento:

Missão dada É MISSÃO CUMPRIDA!

Positivo, senhor!

Começando pela parte mais fácil (lógico), quando se fala em empatia, sua definição vincula-se a capacidade de presumir/compreender/reconhecer os sentimentos, pensamentos, comportamentos do outro (como dito no começo desse post: colocar-se no lugar do outro).

A medida que a capacidade empática vai se aflorando, um desconforto impulsiona uma classe de comportamentos (simpatia, solidariedade, compaixão, preocupação, etc.), que por sua vez, tendem a mobilizar o sujeito a prestar auxílio àquela outra pessoa que necessita. Este auxílio, pode ocorrer de modo voluntário ou não.

A EMPATIA funciona como uma espécie de gatilho
para que comportamentos pró-sociais (solidariedade,
compaixão, carinho, altruísmo, etc.) aconteçam
É muito comum ler notícias nos jornais apontando para alguém que arriscou a própria vida para salvar a de outra, situações de catástrofes envolvendo várias pessoas recebendo doações, de desconhecidos, dos mais longínquos lugares... enfim, notificações de solidariedade e compaixão se tem aos montes pela mídia, pelo dia-a-dia.

Esses comportamentos (conhecidos como comportamentos pró-sociais) são possíveis, graças a nossa capacidade em nos contagiar com as necessidades alheias, nos colocar no lugar do outro... ou seja, cerveja EMPATIA!

Por muito tempo acreditou-se que a empatia tratava-se de uma característica essencialmente humana, no entanto, estudos recentes apontam esta competência como um atributo presente em macacos-prego, chimpanzés, bonobos e, até mesmo, em golfinhos e elefantes. 

Observar em outros animais essa capacidade de contagiar-se pelo humor de outrem, abre um leque de possibilidades e hipóteses para o entendimento da empatia. 

Ao pensar no parâmetro evolucionista do assunto, na espécie humana, percebe-se que esta habilidade foi importante para a coesão grupal, haja vista que tal competência favorece uma grande gama de comportamentos, como por exemplo: efeitos intergrupais de cooperação, comportamentos de zelo e proteção com o outro, interações mais agradáveis, diminuição dos conflitos grupais e respeito às normas de convívio social.

Para compreender melhor esse assunto, sob o ponto de vista da Psicologia Evolucionista, sugiro que assista o seguinte vídeo, com o primatologista Frans de Waal:


Por fim, a habilidade empática, sob um prisma da evolução, nos demonstra que possuímos uma capacidade em fazer o bem ao próximo, sem que isso haja necessariamente um ganho secundário... mas isso já é outro papo, que é melhor deixar para um outro post!

Por agora, lanço o desafio:

RESISTA A ESTA IMAGEM
oooouuuuunnnnn!!!!


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Para esse post foram consultados os seguintes livros, artigos e recursos áudio-visuais:
Conferência do sociólogo Sam Richards, no TEDxPSU
- "A era da empatia" (Autor: Frans de Waal)
- "Meninos pré-escolares empáticos e não-empáticos: empatia e procedimentos educativos dos pais" (Autores: Fabíola A. Garcia-Serpa, Zilda Del Prette e Almir Del Prette)
- "Empathic interactions between parents and children: an exploratory study" (Autores: Rafael Carvalho e Maria Lúcia Seidl-de-Moura)